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Como fazer uma crítica construtiva? Teste o método DESC e veja como se sai

Método DESC: 4 passos para fazer críticas construtivas (feedback)

Conheça o método DESC — técnica de 4 etapas usada por profissionais — e saiba, definitivamente, como fazer uma crítica construtiva.


Saber como fazer uma crítica construtiva é “uma arte”.

Complicado falar sobre o que incomoda.

Ou tentar convencer o outro a mudar — para melhor, segundo nossa intenção.

É preciso escolher muito bem as palavras. Manter o tom de voz sereno. Encontrar a hora certa para tocar no assunto.

Do contrário, o que era para ser uma crítica construtiva logo se transforma numa tempestade de ofensas. Ou humilhações.

Você, definitivamente, não quer esse efeito quando resolve ter “aquela conversa” com um colega de trabalho, um amigo, namorado…

Ou até consigo mesmo. Afinal, a autocrítica também é uma forma de “feedback”!

E se houvesse uma espécie de “modelo” que te mostrasse exatamente como fazer uma crítica construtiva?

Isso não facilitaria sua vida?

Escrevi este texto pensando nessa ideia.

Porque quero te mostrar como funciona uma certa estratégia — bastante usada por líderes e gestores de negócios — que, com certeza, vai te ajudar a ter diálogos críticos mais produtivos.

Não importa com quem esteja falando. Inclusive consigo próprio.

Curioso?

Então avance para os próximos tópicos do artigo!

O método DESC

A estratégia em questão é o chamado “método DESC”.

Elaborado por Sharon Anthony Bower e Gordon H. Bower, o método DESC foi descrito no livro Asserting Yourself, cuja primeira edição data de 1976.

As ideias propostas nesse livro são tão úteis que, até hoje, ele é adotado como referência em cursos de comunicação assertiva — no mundo todo.

O que explica o sucesso (e relevância) da obra é o estilo de seu texto, muito voltado à prática.

A linguagem é bem acessível e as páginas estão repletas de exercícios e exemplos que ensinam — entre outras coisas — como fazer uma crítica construtiva e gerenciar situações de conflito.

Como você pode imaginar, o conceito-chave de Asserting Yourself é tal método DESC.

Mas, afinal, em que ele consiste?

Basicamente, o método DESC propõe um passo a passo para elaborar comentários críticos que focam em soluções, evitando o mal-estar entre as partes envolvidas.

É o próprio nome do método que mostra quais são esses passos:

  • Descreva os fatos que causam problemas.
  • Expresse seus sentimentos, emoções e os efeitos que o comportamento traz para você.
  • Sugira soluções e especifique quais resultados gostaria de obter.
  • Conclua apresentando as consequências positivas — caso ocorram mudanças — ou negativas (se o comportamento continuar).

Como fazer uma crítica construtiva usando o método DESC

Alguns pontos fundamentais gera uma crítica construtiva
A clareza e objetividade são pontos fundamentais para uma crítica construtiva surtir o efeito esperado.

Você vai entender melhor como funciona o método DESC se pensar num exemplo.

Então, pense em uma situação do dia a dia que te incomodou.

Ou, melhor ainda, em alguma coisa que vem te incomodando faz algum tempo.

Uma situação que, toda vez que se repete, vai te deixando mais chateado.

Algo que você precisa ou gostaria muito que fosse diferente.

E, para que isso aconteça, seria necessária uma mudança de comportamento.

Uma mudança no jeito de conduzir as coisas.

Agora considere que você está decidido a dizer o que pensa. Mas sem gerar mágoas, ressentimentos, culpas. Ou, o que seria ainda pior, instigar um “espírito de vingança”.

Em resumo, você não quer uma troca de ofensas.

Quer se fazer entender e ter uma conversa com resultados positivos, para os dois lados.

É com essa disposição que você precisa estar se quiser, realmente, fazer uma crítica construtiva.

Então, considerando que você tem exatamente esse objetivo, imagine que você poderia conduzir a conversa do seguinte modo:

Etapa número 1: descrever os fatos

A regra de ouro da crítica construtiva é que ela precisa se referir a eventos específicos.

Ou seja, você precisar se capaz de dizer quando e onde aconteceu o problema.

Sem generalizações.

É proibido o uso de palavras como “sempre” e “nunca” em suas frases.

Também evite fazer rodeios, criando um grande contexto para explicar o que está incomodando. Isso vai deixar a pessoa que te escuta na defensiva. Ou perdida, sem entender onde cometeu um erro.

Tente ser claro e bem objetivo.

Fale apenas de fatos concretos e observáveis, que não dependam do seu julgamento para serem válidos.

Por exemplo, você quer chamar a atenção de alguém para sua desorganização.

Então, pergunte-se: “o que me leva a dizer isso?”.

As respostas que vão lhe ocorrer — a mesa de trabalho bagunçada, a desordem de documentos pessoais… — são os fatos que comprovam sua afirmação.

Etapa número 2: explicar como você se sente

Depois de apontar os fatos, você deve dizer como a situação problemática te afeta.

É hora de usar o “eu” ao invés do “você” em suas falas.

Lembre que seu objetivo é mostrar que se importa e acredita que, com ajustes, a convivência e o entendimento podem melhorar.

Portanto, expresse seus sentimentos diante dos fatos. Sem fazer acusações.

Transmitir quais os reflexos do comportamento prejudicial em sua rotina ajudará o outro a entender porque precisam conversar sobre o assunto.

Etapa número 3: sugerir soluções

O objetivo principal é encontrar soluções.
A crítica construtiva tem um objetivo principal: encontrar soluções.

Não há como fazer uma crítica construtiva se você não estiver aberto para encontrar soluções.

Isso não significa que você deve assumir a responsabilidade de guiar a pessoa para a mudança!

Prefira dizer quais resultados você gostaria de obter. Diga o que você considera uma mudança interessante e produtiva.

Se achar válido, faça algumas propostas. Conforme a situação, é melhor deixar que as ideias partam da outra pessoa.

O principal é que, nesta etapa, o diálogo esteja focado em definir como vocês podem lidar com o impasse.

Etapa número 4: concluir a conversa com uma perspetiva

De certa forma, podemos dizer que a etapa número 4 do método DESC é o momento de

você falar sobre o propósito da conversa.

Ou seja, o que vocês têm a ganhar como consequência de um novo acordo.

Pode ser necessário falar de consequências negativas, caso as soluções combinadas não sejam seguidas.

Mas procure manter a perspectiva otimista em primeiro plano.

Encerrar a conversa destacando os benefícios da mudança deixará claro que sua crítica é, de fato, positiva e construtiva.

Precisa de outras dicas que te mostrem como fazer uma crítica construtiva?

Escreva, nos comentários, quais são as suas dificuldades.

Diga em quais situações te parece mais desafiador saber como fazer uma crítica construtiva.

Entendendo quais são as suas dúvidas, posso te ajudar melhor!

Clínica de Psicologia Nodari
Especializada em Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)
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