
A fibromialgia é caracterizada por dores crônicas e na maioria dos casos musculares em todo o corpo.
Pessoas que sofrem com essa condição, normalmente, também apresentam maior sensibilidade ao toque e outros estímulos sensoriais — como variações de temperatura, sons e exposição à luz.
Estima-se que o transtorno afeta de 2% a 4% da população mundial, sendo que as mulheres adultas (de 30 a 55 anos) configuram o grupo mais expressivo.
O diagnóstico da doença pode ser um pouco complicado, uma vez que exames laboratoriais não são eficientes para confirmá-la.
Contudo, tais exames costumam ser solicitados pelo médico, a fim de descartar condições de sintomas semelhantes, como artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico e distúrbios na tireoide.
Embora não exista cura para a fibromialgia, ela pode ser controlada.
Saiba mais sobre tratamentos, medidas preventivas, causas e sintomas da doença, nos tópicos a seguir.
Quais as causas da fibromialgia?
As causas exatas da fibromialgia permanecem desconhecidas. Contudo, alguns fatores são identificados como prováveis desencadeadores da condição.
Dentre esses, podemos destacar:
Alterações no sistema nervoso central
Baixos níveis de serotonina, noradrenalina e dopamina
Distúrbios de sono
Herança genética.
Geralmente, há um gatilho responsável por provocar as crises de fibromialgia. Os mais comuns são:
Lesões ou outros tipos de estresse físico
Infecções virais
Obesidade
Cirurgias
Eventos traumáticos (como acidentes, fim de relacionamento, luto…)
Estresse psicológico.
Quais os sintomas da fibromialgia?
Além de dor generalizada, que demora a passar, existem vários outros indícios, que podem variar de pessoa para pessoa.
Os sintomas de fibromialgia frequentemente relatados são:
Fadiga
Rigidez ou espasmos musculares
Dores de cabeça
Síndrome do intestino irritável
Problemas cognitivos (dificuldade de aprendizado, concentração e memória deficiente)
Má qualidade do sono
Maior sensibilidade à temperatura, ruídos altos e luzes
Dormência ou formigamento nas mãos e nos pés
Períodos menstruais dolorosos
Tonturas
Como é tratada a fibromialgia?
Conforme pontuamos anteriormente, não há uma cura definitiva para o transtorno. Contudo, é possível gerenciá-lo, contando com recursos medicamentosos e mudanças no estilo de vida.
Relaxantes musculares, analgésicos, antidepressivos e ansiolíticos são, habitualmente, prescritos pelo médico, após análise dos sintomas específicos do paciente.
Fisioterapia, massagens, pilates, técnicas de relaxamento, acupuntura e aromaterapia também podem ser recomendados, com objetivo de diminuir as dores e amenizar outros incômodos.
Os exercícios físicos compõem parte fundamental do tratamento.
Porém, é importante optar por atividades aeróbicas de baixo impacto. Caminhadas, alongamentos, yoga e tai chi chuan, por exemplo, são alternativas interessantes.
Cuidados com a alimentação agregam outros benefícios.
Um cardápio generoso em verduras, frutas, carnes magras e oleaginosas contribui para níveis equilibrados de serotonina, cortisol e melatonina. Como consequência, é possível reduzir o estresse, melhorar a disposição e a qualidade do sono.
A terapia cognitivo-comportamental é uma sugestão bastante recorrente nos tratamentos de fibromialgia.
Essa forma de terapia auxilia no controle de comportamentos negativos — gatilhos psicológicos das dores —, estimula habilidades de enfrentamento e instrui sobre técnicas de relaxamento.
Como conviver com a fibromialgia?
A rotina de uma pessoa com fibromialgia pode ser bastante desgastante, dados os sintomas característicos da doença.
Sendo assim, junto aos tratamentos indicados pelo médico, é importante adotar outras medidas de autocuidado, que previnem as crises e contribuem para melhor qualidade de vida.
Confira algumas dicas para reduzir os incômodos com o transtorno:
Dormir bem
Episódios de insônia ou outros distúrbios do sono são tanto causas quanto sintomas comuns da fibromialgia.
Certas precauções, no entanto, ajudam a atenuar o problema. Nesse sentido, as principais sugestões são:
Manter uma rotina de horários em relação ao momento de deitar-se e levantar da cama
Evitar estimulantes — como cafeína e nicotina — no período noturno
Preferir refeições leves na ocasião do jantar
Deixar o quarto escuro, silencioso e com temperatura agradável, para induzir o sono sem perturbações
Buscar formas de relaxamento, tais como um banho quente ou chás de propriedades calmantes, antes de ir para o quarto.
Abandonar o sedentarismo
Sutis mudanças de hábitos — como optar por escadas e fazer pequenos trajetos a pé — já trazem os primeiros benefícios.
Com atividades físicas regulares, as dores e a fadiga diminuem, consideravelmente.
Dessa forma, ainda que o início seja difícil, é imprescindível insistir.
Na medida que os medicamentos surtem efeito, os movimentos se tornam mais confortáveis e podem ser intensificados.
Relaxar
Exercícios de respiração, meditação e outras técnicas de relaxamento — que podem ser aprendidas com a terapia cognitivo-comportamental — devem ser praticados diariamente.
O principal efeito desse hábito é atenuar o estresse que, não raro, é desencadeador das crises.
Buscar informações
Conviver com uma doença crônica é sempre um desafio.
Mas compreender a condição, da melhor forma possível, inibe temores desnecessários, auxilia nas escolhas mais acertadas e confere objetividade quanto aos limites que a fibromialgia realmente impõe.
Além de conversar com o médico e terapeuta, é possível encontrar materiais ricos, como livros e cartilhas, que trazem esclarecimentos necessários sobre a doença.
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