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Flexibilidade mental: como adquirir? [9 exercícios]

Flexibilidade mental ou flexibilidade cognitiva: veja atividades que ajudam a desenvolvê-la

A flexibilidade mental permite uma vida mais leve, criativa — e produtiva. Saiba como desenvolvê-la!


Tópicos abordados neste texto:


Conceito de flexibilidade mental

Veja bem a expressão. Flexibilidade mental. O que te sugere?

As palavras são familiares, certo?

A novidade é colocá-las juntas.

Ou melhor, talvez você nunca tenha utilizado esses termos. Porque, na prática, a flexibilidade da mente é sua velha conhecida.

O conceito de flexibilidade mental se refere, portanto, à habilidade que todos temos de mudar de pensamentos. Buscar caminhos alternativos. Explorar novas ideias.

É a flexibilidade mental (ou cognitiva) que te ajuda a encontrar soluções diferentes quando algo não sai como o planejado, por exemplo.

Ela te instiga inovações. Criatividade. Resiliência.

Os pesquisadores Steven M. Southwick e Dennis S. Charney — psiquiatras e especialistas em neurobiologia — explicam:

“Pessoas que são resilientes tendem a ser flexíveis — flexíveis na maneira como pensam sobre os desafios e flexíveis na maneira como reagem emocionalmente ao estresse. Eles não estão vinculados a um estilo específico de enfrentamento. Em vez disso, eles mudam de uma estratégia de enfrentamento para outra, dependendo das circunstâncias. Muitos são capazes de aceitar o que não podem mudar; aprender com o fracasso; usar emoções como tristeza e raiva para alimentar compaixão e coragem; e buscar oportunidades e significados na adversidade.”

Mas o que acontece quando a flexibilidade mental falha?

A flexibilidade é uma função do cérebro.

Assim como também é do corpo.

E você sabe o que acontece quando seu corpo é pouco flexível. Você pode ser forte, resistente. Mas se o seu corpo tem movimentos travados, rígidos, isso te provoca limitações. Dores. Lesões.

Podemos dizer que é o mesmo com a mente.

Boa memória e foco são habilidades invejáveis. Mas, sem flexibilidade, o pensamento “trava”.

Se o pensamento que adotamos é ineficaz — como insistir em tentar abrir uma porta usando a chave errada — ele leva sempre ao mesmo resultado frustrante. A porta, simplesmente, não vai abrir.

Pessoas com baixa flexibilidade mental podem apresentar:


Observação:

A rigidez mental também pode ser um sinal de transtornos do espectro autista ou distúrbio de déficit de atenção.


O que fazer para ser uma pessoa mais flexível?

Tal como acontece com outras funções cerebrais (memória e foco, por exemplo), é possível treinar sua flexibilidade mental.

Ou seja, existem exercícios que estimulam a melhora dessa habilidade.

Abaixo, indico 8 estratégias que você pode experimentar para abrir sua mente.

Alguns atividades ativa o cérebro.
Usar a mão não dominante em algumas atividades rotineiras funciona como um exercício para o cérebro.

1. Mude a disposição de objetos em sua casa ou mesa de trabalho

O “cenário” que ocupamos interfere em nossa perspectiva.

Quando você vê sempre as mesmas coisas, nos mesmos lugares, seu cérebro se acostuma com o contexto.

Nesse caso, as chances de reproduzir comportamentos automáticos é bem maior — já que o cérebro tende a repetir caminhos conhecidos, a fim de economizar energia.

Portanto, reconfigure o ambiente, de tempos em tempos, para renovar os estímulos visuais.

É um modo de “forçar” ações diferentes.

2. Faça novos itinerários

Novamente, a ideia é instigar raciocínios que interrompam respostas habituais.

3. Estimule a produção de serotonina

O déficit de serotonina está associado a condições de rigidez mental.

Para aumentar a liberação desse hormônio, você pode fazer atividades físicas.

Ou cuidar da dieta.

A lista de alimentos que favorece a produção de serotonina inclui:

  • grão-de-bico;
  • batata-doce;
  • ovos;
  • salmão;
  • frango;
  • frutas;
  • nozes e sementes;
  • chocolate amargo.

Veja também: Quais os alimentos que podem ajudar no tratamento da depressão?


4. Leia mais

Boa literatura é uma grande aliada da flexibilidade mental.

O hábito da leitura promove o contato com outras perspectivas, amplia o repertório de conhecimento e colabora para o desenvolvimento de empatia — só para citar alguns dos benefícios.

5. Use a mão esquerda para pegar objetos ou usar o controle remoto.

Ou a direita, se for canhoto.

Empregar a mão não dominante — vez ou outra, em certas atividades do dia a dia — funciona como uma “ginástica para o cérebro”.

6. Dê uma pausa.

Diante de bloqueios criativos, dar um descanso para a mente pode ser sua melhor opção.

Para algumas pessoas, tomar um bom banho é o que funciona melhor.

Outros se beneficiam de uma breve caminhada. Ou apenas o tempo de beber um copo d’água.

Analise as estratégias que melhor se adequam à sua rotina e considere programar pequenas pausas durante seu trabalho.

7. Encontre um hobby

Adotar um passatempo é uma regra para quem busca saúde mental.

Horas de lazer estão associadas à redução do estresse, maior produtividade e, claro, desenvolvimento da flexibilidade psicológica.


Leia também: Qual o hobby ideal para você?


8. Tome banho de olhos fechados

Ao fechar os olhos, você orienta pelos outros sentidos.
Ao ficar de olhos fechados, você se orienta pelos outros sentidos.

Ou coma. Escolha suas roupas. Caminhe num espaço seguro da casa…

Enfim, escolha alguma coisa da rotina e se prive da visão naquele momento.

Se concentre e se guie apenas pelos outros sentidos.

9. Livre-se da bagunça

No livro Activate your brain: how understanding your brain can improve your work — and your life (Ative seu cérebro: como compreender seu cérebro pode melhorar seu trabalho — e sua vida), ainda não traduzido para o português, Scott G. Halford lista uma série de dicas para desenvolver flexibilidade cognitiva. Uma delas, diz respeito à atividade de organização:

“Limpar um armário que está olhando para você há meses pode ser tão bom, do ponto de vista cerebral, quanto conseguir uma promoção para a qual você trabalhou.”


Se a sugestão de Scott G. Halford te parece convidativa, confira o texto Desorganização: estratégias para se livrar da bagunça (sem se estressar). Você vai obter uma dose extra de inspiração.


Quais os benefícios de desenvolver flexibilidade mental?

Estudos disponíveis no NCBI (National Center for Biotechnology Information) mostram que a flexibilidade mental está atrelada a diferentes aspectos da saúde psicológica.

Seu desenvolvimento impacta, por exemplo, em:

  • capacidade de mudar a mentalidade ou o comportamento — quando a forma de pensar ou agir compromete o funcionamento pessoal ou social;
  • maior satisfação e desenvoltura na vida cotidiana;
  • disposição a se envolver em atividades difíceis para persistir na direção de valores importantes;
  • resiliência (rápida recuperação) diante de eventos negativos e do estresse cotidiano;
  • bom desempenho na resolução de desafios;
  • adaptação às diferentes demandas dos ambientes;
  • equilíbrio entre domínios importantes da vida;
  • facilidade de comunicação e interação social;
  • aumento da autoconfiança e autossuficiência;
  • maior criatividade, curiosidade e vitalidade;
  • redução de sintomas de ansiedade e depressão;
  • habilidade de transferir conhecimento (fazer novos usos de recursos mentais e aprendizados já adquiridos).

Tantas evidências positivas fazem com que o treino da flexibilidade psicológica seja uma ferramenta cada vez mais utilizada em terapia.

Para pessoas com transtorno de humor, fobias, distúrbios de ansiedade, dificuldades cognitivas e, até mesmo, em casos de dores crônicas, o desenvolvimento da habilidade tem apresentado efeitos notáveis.

No entanto, independente de patologias, a prática de exercícios que levam à maior flexibilidade mental traz ganhos a todos.

Portanto, se você está em busca de maior qualidade de vida, inclua o objetivo de manter a mente aberta entre suas prioridades.

Dúvidas? Sugestões?

Escreva suas perguntas no campo dos comentários.

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